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Alimentação à Colher

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sexualidade e Gravidez

Sexo e Gravidez


A gravidez é um acontecimento único e especial na vida de um casal.

A gestação pode e deve ser uma etapa vivida a dois. Tanto os homens quanto as mulheres passam por adaptações físicas e emocionais, inclusivé na sua relação sexual durante a gestação. .
No 1º trimestre não é raro haver uma perda de desejo sexual por parte das mulheres. Numa primeira fase a alegria de estar grávida cega as demais sensações, além das mudanças iniciais do corpo e dos genitais. A mulher volta-se para o planeamento de uma vida familiar, e não mais apenas de casal.

Existe o medo de causar o aborto nesta fase, o que pode contribuir para a diminuição do desejo no casal, além de desconfortos comuns como náuseas.
O 2º trimestre é demarcado como uma volta do desejo feminino ao normal, ou até mesmo de maior intensidade. Algumas mulheres relatam que nesta fase, o desejo foi o mais intenso de suas vidas, sentindo-se muito atraentes e felizes. Para o homem, pode haver o primeiro impacto ao em realação ao aspecto físico da grávida, pois nesse período a barriga torna-se mais aparente.
O 3º trimestre apresenta maiores desconfortos, principalmente após o 8º mês. A freqüência urinária pode aumentar e a barriga muda o centro de gravidade da mulher, tornando-a um pouco mais desajeitada ao caminhar. O medos e as fantasias voltam, agora de serem flagrados e espiados pelo feto durante a relação sexual. Alguns homens temem bater na cabeça do bebê com o pênis durante a penetração. As posições assumidas no acto sexual vão se restringindo mais, havendo preferência pela posição "de ladinho". A ameaça de aborto é temida, bem como complicações de parto prematuro. Os casais ficam mais reticentes em buscar atividade sexual, e alguns até mesmo se abstêm. Por vezes, a ansiedade nas mulheres por não haver gratificação sexual pode ser mais lesiva que o coito, excetuando-se situações onde haja contra-indicação de atividade sexual pelos riscos de parto prematuro ou descolamento de placenta, por exemplo.
No último mês, os obstetras oferecem orientações contraditórias. Alguns recomendam abstinência até o final da gravidez, outros apenas na última semana. Concordam na abstinência se existir algum risco obstétrico. Alguns recomendam sexo até o final mesmo, evitando-se ansiedades sexuais por parte da mulher.
Após o parto, recomenda-se um período de abstinência até se recomeçar a vida sexual (aproximadamente de 4 a 6 semanas). No entanto, muitos casais mantêm atividade sexual bem antes disto. A mulher vai apresentar menos desejo sexual devido a alterações hormonais, com aumento da Prolactina e também pela exaustão do pós-parto e dos cuidados iniciais com um bebê.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Cuidados Pré- Concepcionais


Promover a saúde no período pré-concepcional é uma forma de contribuir para o sucesso da gravidez, uma vez que muitos dos factores que condicionam negativamente o futuro de uma gestação podem ser detectados, modificados ou eliminados, antes que a mulher engravide e, portanto, recorra à vigilância pré-natal.
O período de maior sensibilidade ambiental para o feto situa-se entre os 17 e 56 dias após a fecundação, período em que começa a organogénese, antes mesmo que muitas mulheres reconheçam que estão grávidas ou tenham a oportunidade de iniciar os cuidados pré-natais.
Os benefícios da consulta pré-concepcional são evidentes nas mulheres com doença crónica, como diabetes, hipertensão, cardiopatias, doenças renais e da tiróide, epilepsia, tuberculose, asma, artrite reumatóide e outras que podem afectar a gravidez através de mecanismos fisiopatológicos ou como resultado da medicação utilizada no seu tratamento. Outra vantagem da avaliação pré-concepcional é a possibilidade de identificação de indivíduos e famílias em risco genético e a oportunidade de referenciar, antes da gravidez, para aconselhamento especializado casais com história familiar de anomalias congénitas, como por exemplo síndroma de Down, síndromas polimalformativos, defeitos do tubo neural e atraso mental, entre outras.
O planeamento do nascimento do primeiro filho e a preparação para o seu acolhimento é uma etapa fundamental e um período de transição de particular instabilidade para o casal, correspondendo a mudanças profundas na organização da sua vida.
Por este facto, médico e enfermeiro devem prestar cuidados de saúde antecipatórios, que esclareçam o casal e o ajude a preparar-se para as funções parentais que o nascimento do primeiro filho lhe vai exigir, contribuindo, assim, para que a introdução de um terceiro elemento não perturbe uma relação satisfatória e permita a consolidação da vida familiar.

Excerto da Circular Normativa nº 2/DSMIA 16/01/2006 DGS

segunda-feira, 16 de março de 2009

Otites na Criança


Otites /Dor de Ouvidos

O que é uma otite?
A otite é uma infecção do ouvido, acompanhada de dor. É muito frequente no primeiro ano de vida do bebé, é necessário estar atento.

Quando é que o meu filho está com otite?


- Quando a criança manifesta irritabilidade/prostração, choro intenso, febre e vómitos;
- Recusa alimentar.

Se esta situação se prolonga por mais que dois dias, recorrer ao médico…

ATENÇÃO: Nunca introduza objectos estranhos no ouvido da criança.

O que fazer após consulta médica?
- O mais importante é retirar a dor, dando um medicamento prescrito para o efeito;- Proporcionar ambiente calmo, obscurecido ausente de ruídos.




Enfª Esp. Saúde Infantil Lurdes Brás

Vómitos e Diarreia na Criança

Vómitos

O que é um vómito?
O vómito é a expulsão pela boca de leite ou outro alimento em grandes quantidades e após um esforço.
Em bebés com menos de um ano de idade confunde-se muitas vezes vómito com bolçado.

O que deve fazer?


- Após o vómito faça uma pausa alimentar de uma a três horas, mas ofereça líquidos;
- Se a criança tolerar líquidos, pode iniciar a sua dieta habitual;
- Os alimentos devem ser fraccionados em pequenas quantidades e repetidas vezes, até a criança ultrapassar a fase aguda. Hidratar é mais importante que Alimentar;
- Apesar de existir um medicamento para os vómitos, estes podem ter efeitos prejudiciais importantes e devem ser evitados nas crianças.

Quando deve consultar o médico?

- Se a criança tem menos de 4 meses ou uma doença crónica;
- Se o vómito contém sangue;
- Se não urina à mais de 8 horas;
- Se tem sinais de desidratação (olhos encovados, língua e lábios secos, choro sem lágrimas);
- Se suspeita que a criança tenha ingerido algum medicamento ou substancia tóxica;
- Se para além de vómitos apresenta:
. Febre elevada (temperatura axilar superior a 39ºC)
. Prostração ou desorientação
. Dores de cabeça intensas
. Agravamento de dor de barriga
. Manchas na pele.


Diarreia

O que é Diarreia?
A diarreia consiste na expulsão de fezes líquidas várias vezes ao dia.

ATENÇÃO: Estar atenta principalmente se a criança tiver menos de um ano de idade pelo risco de desidratação.

O que deve fazer?


- Oferecer líquidos em abundância para combater a desidratação;
- Dar a dieta habitual, sem insistir e observar caso haja alguma intolerância a algum alimento.

Quando deve consultar o médico?

- Se tem sinais de desidratação (olhos encovados, língua e lábios secos, choro sem lágrimas);
- Se para além de diarreia apresenta:
. Febre elevada (temperatura axilar superior a 39ºC)
. Agravamento de dor de barriga.
- Se a diarreia persistir por mais de três dias.

ATENÇÃO: hidratação é o mais importante.

Enfª Esp. Saúde Infantil Lurdes Brás

A tosse na Criança

Tosse
A tosse tem um papel importante na defesa do aparelho respiratório funcionando como um reflexo e expele o ar das vias aéreas (nariz, garganta, traqueia, e brônquios), destinado a expulsar secreções que as irritam ou corpos estranhos. É um sintoma muito comum e que pode dificultar o sono e interferir com a alimentação, mantendo-se por dias ou mesmo semanas.

ATENÇÃO: Lembre-se que a tosse limpa os seus pulmões.

O que fazer?

- Importante manter um ambiente húmido, oferecer líquidos em abundância para tornar as secreções mais líquidas;
- Levante a cabeceira da cama;
- Não adicione vapores de eucalipto ou outras substâncias inalantes que contenham álcool ou outros substratos de plantas pois estes agravam a tosse;
- Nunca exponha a criança a fumo de tabaco;
- Só em casos raros, e nunca antes dos 2 meses de idade, em que a tosse é seca, irritativa, persistente que impede a criança de levar a sua vida normal, tem indicação de tratamento com “xaropes” para a tosse.


Quando consultar o médico?

Se a criança apresentar:
- Dificuldade respiratória;
- Dor no peito;
- Tosse persistente por mais de 3 semanas;
- Lábios azulados;
- Vómitos ou dificuldade em alimentar-se;
- Episódios de tosse que provocam sufocação;
- Alteração do estado geral, com prostração ou febre elevada.


Enfª Esp. em Saúde Infantil Lurdes Brás

Febre e Convulsão Febril

Febre

A Febre não deve ser considerada um sinal de alarme porque é um mecanismo de defesa normal do organismo. A maioria das causas da febre são infecções víricas, de curta duração, que não precisam de tratamentos específicos.

ATENÇÃO: a erupção dos dentes não causa febre

Quando é que o meu filho está com febre?

- Se tem temperatura axilar superior a 38ºC
- Se temperatura rectal superior a 38,5ºC

ATENÇÃO: Os termómetros que avaliam a temperatura nos ouvidos e na testa nem sempre dão a temperatura exacta.

O que devo fazer quando o meu filho tiver febre?
- Não agasalhar demasiado o seu filho, deixa-o apenas com roupa interior;
- Dê xarope ou supositório para a febre (Ben-u-ron) de acordo com o peso da criança no máximo de 6 em 6 horas;
- Se a febre persistir após a toma do medicamento deve dar um banho de agua tépida;
- Ofereça bastantes líquidos para compensar o que perde na transpiração e assim evitar a desidratação;

Quando devo consultar o médico com urgência?

-Se apresenta sinais de alarme: gemido, convulsão, manchas da pele, dificuldade em respirar ou vómitos repetidos;
- Se apresenta prostração/sonolência mesmo quando está com febre;
- Se o seu filho tiver menos de 3 meses;
- Se tiver temperatura superior a 40ºC;
- Se tem alguma doença crónica grave;
- Após 3 a 4 dias de febre:

Convulsão Febril

O que é uma convulsão febril?
São movimentos involuntários da cabeça e dos membros, tremores e até esticões que surgem nas subidas da temperatura. Surge entre os 6 e os 18 meses, mas pode ocorrer até mais tarde (até aos 6 anos), e têm uma curta duração (menos que 15minutos).

A convulsão febril pode manifestar-se de diversas formas:
- Com movimentos bruscos e repetidos das extremidades como sacudidelas ou tremores;
- Com rigidez de parte ou de todo o corpo;
- Com olhar fixo;
- Com perda de conhecimento;
- Com movimentos de sucção e mastigação;
- Com emissão de espuma pela boca;
- Com perda de urina e fezes.

O que fazer perante uma convulsão?
Não se assuste para não assustar a criança
1- Deve deitá-la no chão ou num lugar onde não possa cair
2- Retirar tudo o que tenha na boca para evitar a obstrução das vias aéreas
3- Despir a roupa e colocá-lo de lado
Caso a criança já estiver medicada pelo médico:
4- Pegar no medicamento receitado para parar a convulsão (Stesolid)
5- Colocá-la de barriga para cima e flectir os joelhos da criança sobre o abdómen
6- Introduzir a cânula do medicamento no ânus, esvaziar o seu conteúdo no recto, comprimindo-a sempre até retirar
7- Com a outra mão manter as nádegas apertadas durante dois minutos para evitar a expulsão do liquido administrado
8- Se tiver febre introduza o supositório
9- Colocá-la de lado e mantê-la num ambiente tranquilo sem agasalhar

Quando deve dirigir-se ao médico?
- Quando não sabe a causa da febre;
- Quando a convulsão se prolongar por mais de 10 minutos após a aplicação correcta do medicamento para a convulsão (se já estiver medicada pelo médico)
- Quando a convulsão não se acompanhar de febre.


Enfª Especialista Saúde Infantil Lurdes Brás